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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Contos de Fadas Bizarros: Parte 6 - A Pequena Sereia

A Pequena Sereia
E para quem sempre achou que no fundo do mar habitam espécies estranhas: acertaram! Nem mesmo em contos de fadas deixam isso menos óbvio.

A fábula da vez é a da Pequena Sereia, carinhosamente apelidada por Ariel pela Walt Disney World. Pois no conto original, escrito por Hans Christian Andersen, Ariel já é destinada ao sofrimento considerando que nem nome tinha.

De início encontrei apenas uma versão light e estava considerando nem o colocar, mas pesquisando a fundo, com certeza tornou-se surpreendente.

No fundo do mar, o Rei criou uma lei: “Só é permitido ir para a superfície depois de completar 15 anos”. A Pequena Sereia, filha caçula de cinco lindas sereias, não agüentava de ansiedade. Às vésperas de seu aniversário, perguntava para suas irmãs como era lá fora e elas diziam o quão lindo é e o quão encantadas ficaram.
Ela apaixonou-se à primeira vista e quis ficar com ele
Os dias se passaram até que finalmente Ariel completou os tão desejados 15 anos! No dia exato de seu aniversário, seu pai a mandou para a superfície para observar um pouco do mundo terrestre.
Logo que chegou, a sereia avistou um navio com diversas pessoas. Entre elas, um jovem e atraente príncipe. O qual ela ficou observando de longe cada movimento dele. Ela apaixonou-se à primeira vista e quis ficar com ele. E por uma ironia do destino, o jovem rapaz que estava à beirada do navio se desequilibra e cai no mar.
Sem hesitar, Pequena Sereia nada em direção a ele e o salva, mantendo-o na beira da praia. Quando uma humana se aproxima, ela foge para não ser vista. Mas quando o rapaz acorda e se depara com a mulher humana o segurando nos braços, deduz que ela o salvou e se apaixona por ela.
Sereia
Ainda estou procurando nexo nesses critérios de se apaixonar impostos pelos contos, porque definitivamente não encontro! Mas enfim...
A jovem sereia volta para o fundo do mar e não pára de pensar no príncipe. Resolve então procurar uma bruxa, pedir para que a faça humana e seja possível que o príncipe se apaixone por ela.
Para criar pernas, Pequena Sereia deveria cortar sua própria cauda
A bruxa a ajuda, claro. Porém com algumas condições: para criar pernas, Pequena Sereia deveria cortar sua própria cauda; a cada passo que desse, seria como se estivesse pisando em facas e sangraria; ela ficaria completamente muda e destinada a morte caso o príncipe optasse por não se casar com ela. E ela aceita todas as condições impostas e é a partir daí que começo a acreditar em amor verdadeiro.
Na primeira hora em que ela pisa em terra firme, quase caiu de tanto de que seus pés doeram. Andou até o castelo do príncipe e descobriu que ele estava com casamento marcado com a suposta mulher que salvou sua vida. Para chamar a atenção do rapaz, ela se aproxima. Mas ele ao invés de amá-la como mulher, começa a gostar dela como sua irmã.
No dia do casamento dos dois, as irmãs da sereia frustrada ficam sabendo de todo o pacto e de toda a história. Desesperadas com a provável morte da irmã, correm até a bruxa e pedem para que ela a salve, mas a condição é que todas dêem mechas de seus próprios cabelos (que são extremamente essenciais no conjunto de ‘encanto’ das sereias) para colocar em um punhal.
As irmãs preocupadas com a inocente caçula fazem o sacrifício. A bruxa enfeitiça o punhal, mas não é somente isso. Ariel deverá matar o príncipe com o mesmo para que sua vida seja preservada. Ela até tenta, porém não consegue matar o dono do seu coração e se entrega a morte.
No primeiro conto, a Pequena Sereia se dissolve na água e vira espuma de mar. Em um conto ‘melhorado’, ela se transforma em uma “filha do ar” e espera ir para o céu. Mas de qualquer forma ela morre, fica sem o príncipe e deixa suas irmãs carecas em vão.


Que belezinha de conto para mostrar às crianças, ein?