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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Serial Killer brasileiro: O maníaco do Trianon

Fortunato Botton Neto
Entre 1986 e 1989, uma série de misteriosos assassinatos assustou a cidade de São Paulo. Um decorador, um psiquiatra, um diretor de teatro e um professor figuravam numa longa lista de mortos. Todos eram homossexuais. Todos foram brutalmente assassinados com métodos que levaram a polícia a apostar na existência de um serial killer.

Fortunato Botton Neto, um garoto de programa que atuava no Parque Tenente Siqueira Campos (Trianon), conhecido ponto de prostituição masculina na região da avenida Paulista matou estes homens, com idades entre 30 e 60 anos, com requintes de extrema crueldade.
No dia 17 de agosto de 1987, a empregada do psiquiatra Antonio Carlos Di Giacomo chegou para trabalhar e encontrou um cenário de horror. Com pés e mãos amarrados e uma meia na boca, estava o médico formado pela Escola Paulista de Medicina.


Reconstituição do crime
A frieza com que Neto relatou este e os demais crimes chocou até os mais experientes policias que trabalhavam no caso. Em de seus depoimentos, o maníaco diz: "Matar é como tomar sorvete: quando acaba o primeiro, dá vontade de tomar mais, e a coisa não para nunca". Depois de combinar o preço do programa, ele seguia para o apartamento das vítimas, onde bebia com elas até que ficassem totalmente alcoolizadas. Amarrava os tornozelos e os pulsos, amordaçava e matava por estrangulamento, golpes de faca ou chave de fenda. Houve um caso em que chegou a pisotear a vítima até que os órgãos internos saíssem pela boca, ouvidos, nariz e ânus. Terminado o serviço, ele vasculhava o apartamento da vítima à procura de dinheiro e objetos valiosos que pudessem ser vendidos facilmente sem levantar suspeita. 

O Maníaco do Trianon foi condenado por três dos sete crimes que confessou. Morreu na prisão em fevereiro de 1997, de broncopneumonia decorrente da Aids.