sexta-feira, 5 de julho de 2013

Mulheres que matam VIII: "Matou os pais e foi para o motel!" Richthofen

Foto da familia antes de ser defazada
Suzane Von Richthofen 

Bom, quem estava vivo na época se lembra muito bem deste nome e já deve estar cansado de ouvir sobre este caso, mas em beneficio daqueles jovens demais para conhecer a Srta loira da foto ao lado e o quão sádica e psicótica a moça é, vale entrar na minha lista de mulheres mortais.  Não somente pelos crimes escabrosos que cometeu mas também com a tamanha hipocrisia da qual a mesma comentou sobre seus crimes depois, com lágrimas escorrendo pelo rosto vermelho da jovem que ia jogando toda a culpa no namorado e seu irmão. Suzane é definitivamente uma psicopata perigosa, com alto poder de persuasão, convenceu muitas pessoas e hoje trabalha como pastora evangélica, por acaso (ou não) uma profissão com altos índices de psicopatas.

A filha do casal Manfred e Marísia Von Richthofen foi condenada a 39 anos e meio de prisão pelo assassinato dos pais, juntamente com os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos. Entenda a história desse caso que chocou o país



Suzane Von Richthofen - "Matou os pais e foi para o motel"

Susane posando para uma foto
Uma jovem rica, bonita, universitária em uma das melhores faculdades do país a PUC-SP, de classe média alta, arquitetou e facilitou a morte de seus próprios pais.

No dia 31 de outubro de 2002, pouco depois da meia noite, Suzane, então com 19 anos, entrou em casa, acendeu a luz, conferiu se os pais estavam dormindo e deu carta branca ao namorado, Daniel Cravinhos, de 21 anos, e o irmão dele, Cristian de 26.

Os irmãos Cravinhos mataram Marísia e Albert Von Richthofen (pais de Suzane) com pancadas de barras de ferro na cabeça, enquanto o casal dormia. Simularam um latrocinio (roubo seguido de morte), espalharam objetos e papeis pela casa e levaram todo o dinheiro e joias que conseguiram encontrar. Após a barbárie, o casal de namorados partiu para a melhor suíte de um motel da Zona Sul de São Paulo.

"Motivo" do crime? Os pais não concordavam com o namoro.

Segundo a polícia, o crime foi planejado durante dois meses e a frieza dos três. principalmente a de Suzane chegou a impressionar os investigadores. Logo após o enterro dos pais, a polícia foi até a casa de Suzane para uma vistoria e se deparou com a jovem, o seu namorado e amigos ouvindo músicas e cantando alegremente junto à  piscina. No dia seguinte, Suzane e o namorado Daniel foram ao sítio da família comemorar seu aniversário de 19 anos. "Não a vi derramar uma lágrima desde o primeiro dia" , disse Daniel Cohen, primeiro delegado a ir ao local do crime. Na delegacia a jovem estava mais preocupada com a herança e com a venda da casa do que com a morte de seus pais.

Dentre outras evidencias, esses ultimos acontecimentos corroboraram para que as suspeitas recaíssem sobre Suzane e os irmãos Cravinhos. Uma semana depois do assassinato eles confessaram os crimes.

   Suzane derrama lágrimas de crocodilo durante o enterro de seus 
pais.
Enquanto aguardava o julgamento em liberdade, Suzane concedeu uma entrevista ao programa Fantastico, exibido no dia 9 de abril de 2006. Na ocasião ela estava com cabelos curtos, trajava uma camiseta com estampa de personagem infantil e pantufas decoradas de coelhinhos. Na primeira parte da entrevista, ela ensaiou choros teatrais por 11 vezes, segurava as mãos de seu tutor (Denival Barni) e discursou como uma menina inocente e "quase débil". Cenário perfeito para suavizar a imagem de mentora de um crime tão cruel.

A farsa foi descoberta na segunda sessão, em Itirapina, a 200 quilômetros de São Paulo. Com o microfone aberto, foi possivel ouvir os advogados Mario Sérgio de Oliveira e Denival Barni, a orientarem que fingisse o choro. "Chora" , pede Barni à Suzane. "Começa a chorar e fala: 'Não quero falar mais!!!'", diz a voz do outro. Ela responde "Não vou conseguir". Suzane foi desmascarada e sua prisão decretada no dia seguinte.

O psiquiatra forense Antônio José Eça, professor de medicina legal e psicopatologia forense das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU), declarou a revista IstoÉ Gente que Suzane matou os pais porque "é de má índole". "Ela tem alguma coisa ruim dentro dela, uma perversidade, uma anormalidade de personalidade.A maldade está enraízada na alma dela, é inata" 

Virgilio do Amaral, promotor de justiça que acompanhou os depoimentos de Suzane, também declarou à mesma revista que "uma pessoa que escolhe a suíte presidencial do motel depois de matar os pais não tem sentimentos.". 

Fontes: 
Revista Época, ed 234, Ed. Globo, 11/11/2002
revista IstoÉ Gente ed. 172, Ed. Três, 18/11/2002
revista Fantástico, nº 1, Ed. Globo, dezembro de 2006
programa Fantástico, Rede Globo, exibido em 9/4/2006
Silva, Ana Beatriz B. - Mentes Perigosas: o psicopata mora ao lado. Ed. de bolso. - Rio de Janeiro: Objetiva, 2010