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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Os Mistérios dos Espelhos

Cena do filme "Espelhos do Medo"
"Espelhos. Eles existem desde remotas épocas e são talvez os objetos mais preferidos pelas mulheres.
Eles servem, não somente para auxílio à estética, mas também são utilizados como itens de segurança em veículos e sistemas de alarme. Mas os espelhos teriam somente funções físicas e materiais?
Segundo inúmeros relatos de pessoas pelo mundo e também de místicos, existem muitos mistérios no interior dos espelhos, podendo inclusive servirem de portais para outros mundos. Portanto, cuidado ao olhar para um espelho, principalmente à noite e em lugares solitários. Você nunca poderá saber o que irá ver, ou o que poderá acontecer!"


Desde antigas épocas, os Espelhos são alvo de preocupação para pessoas de diversas culturas e religiões, devido ao fato de se acreditar que estes tão comuns objetos de decoração e utilidade existentes em residências e estabelecimentos comerciais, são na realidade uma espécie de "Portal" que ligaria nosso mundo ao além, ou então à outra dimensão, e também devido à sua utilização em magias e feitiçarias diversas.

Até em estórias infantis, como no clássico "Branca de Neve", existe o famoso espelho que conversa com a malvada rainha, sendo questionado por ela: "Espelho, Espelho meu, existe no mundo alguém mais bela do que eu?" Sendo que o espelho sempre lhe dá a resposta esperada.

Seja por superstição antiga, ou através da ficção gerada por obras literárias, desenhos animados ou filmes, os espelhos sempre são tratados por muitas pessoas como algo misterioso.

Mas existe na realidade algo de anormal com os espelhos, ou seria apenas fruto da imaginação popular, provocado por lendas espalhadas através do tempo? A seguir serão apresentados fatos e teorias a respeito dos espelhos, o que talvez permita que se consiga chegar à uma conclusão final sobre esses interessantes e indispensáveis objetos, os quais são instalados nos locais mais íntimos de lares, hotéis, motéis e até em estabelecimentos comerciais.

Caso Nancy Fieldman
O Caso "Nancy Fieldman":

Nancy Fieldman era uma moça bonita e inteligente, de origem humilde que trabalhava em uma mansão na Inglaterra, juntamente com sua mãe por volta do ano 1870.

Segundo a história, o dono da mansão onde Nancy e a sua mãe trabalhavam, era um homem com sérios problemas de personalidade, um "psicopata" sem escrúpulos, que as tratava muito mal, deixando-lhes apenas as sobras dos seus jantares e um quarto frio onde as duas se acomodavam durante a noite, naquela mansão com inúmeros quartos quentes que ficavam trancados para o uso apenas dos hóspedes e convidados.

Devido ao tratamento desumano e também a uma anemia profunda, a mãe de Nancy veio a falecer, deixando à sua filha, os seus únicos bens materiais, que eram: uma pequena boneca de pano e um espelho emoldurado em mármore, deixado pelo seu pai com o seguinte dizer: "Serei o reflexo da tua alma onde quer que esteja" (gravado na parte inferior do espelho).

Nancy era uma moça tímida, porém muito sorridente. Entretanto, com a morte da sua mãe, Nancy entrou numa forte depressão e queria abandonar a mansão. O dono da mansão ao saber das suas intenções, trancou a menina no porão, de onde ela não podia sair, e o que era pior, a garota passou a ser violentada todas as noites naquele lugar.
Certo dia, cansada desse sofrimento e sentindo muitas dores, Nancy tentou reagir às agressões a que era submetida, e deu um golpe com sua boneca de pano na cara do homem. O dono da mansão, muito revoltado com a moça, esbofeteou-a e asfixiou-a com a própria boneca. A menina derrubou o espelho que sua mãe havia lhe deixado ao se debater no chão, e ainda sem ar disse suas últimas palavras:

"Serei o reflexo da tua alma onde quer que esteja...".

Semanas depois o homem foi encontrado com os cabelos completamente grisalhos, morto sem explicação, e com um pedaço do espelho entre as mãos. Até hoje a morte desse homem tem sido um mistério.

Dizem que muitas pessoas morreram ou ficaram loucas após se apoderarem daquele pedaço de espelho e muitos dizem ver o reflexo da pequena Nancy refletido através dele.

Bloody Mary
A Lenda de Bloody Mary:

Em 1978, o especialista em folclores, Janet Langlois, publicou nos Estados Unidos uma lenda que até hoje aterroriza os jovens do mundo inteiro, principalmente da América. Trata-se de Bloody Mary, conhecida também como A Bruxa do Espelho, um espírito vingativo que surge quando uma jovem, envolta em seu cobertor, sussurra, à meia-noite, com a iluminação de velas, diante de um espelho, 13 vezes as palavras Bloody Mary.

Segundo a lenda, após a pronúncia da frase por 13 vezes, o espírito de uma mulher cadavérica surge refletido no espelho e mata de forma sangrenta e violenta as pessoas que estão no local. Há quem diga que Mary foi executada há cem anos atrás devido à prática de magia negra, mas há também uma história mais recente envolvendo uma bela e extremamente vaidosa adolescente que, devido a um terrível acidente de automóvel, ficou com a face completamente desfigurada. Sofrendo muito preconceito, principalmente de seus amigos e familiares, ela decidiu vender a alma ao diabo pela chance de se vingar dos jovens que cultivam a aparência.

Muitos confundem a lenda da bruxa do espelho com a história da Rainha Maria Tudor (Greenwich 1516 - Londres 1558), filha de Henrique VIII e de Catarina de Aragão. Tendo se tornado rainha em 1553, esforçou-se para restabelecer o catolicismo na Inglaterra. Suas perseguições contra os protestantes valeram-lhe o cognome "Maria, a Sanguinária" (Bloody Mary).
Em 1554, desposou Filipe II da Espanha. Essa união, que indignou a opinião pública inglesa, ocasionou uma guerra desastrosa com a França, que levou à perda de Calais (1558). Dizem que a Rainha, para manter a beleza, tomava banho com sangue de jovens garotas, mas é um fato não confirmado em sua biografia.

No princípio da década de 70, muitos jovens tentaram realizar o ritual pois era comum nas casas suburbanas a presença de longos espelhos nos banheiros sem janelas e com pouca iluminação. Há um caso famoso de uma jovem nova-iorquina que dizia não acreditar na lenda, mas após realizar a "mórbida brincadeira", levou um empurrão (é o que os familiares dizem), quebrou o lavatório e foi encontrada em estado de coma. A jovem ainda vive nos EUA, mas sua identidade não é divulgada para evitar o assédio de curiosos.

Por que ainda hoje as crianças racionais continuam a chamar pela Bloody Mary, arriscando a vida diante de uma possível tragédia? O escritor Gail de Vos traz-nos uma explicação: "As crianças com idade entre 9 e 12 anos vivem numa fase que os psicólogos chamam de síndrome de Robinson. Este é o período em que as crianças precisam satisfazer seus desejos por aventura, arriscando-se em rituais, jogos e em brincadeiras no escuro. Eles estão constantemente procurando um modo seguro de extrair prazer e desafiar seus medos.

Seria "Bloody Mary" uma lenda, ou seria realidade?
Na dúvida, é melhor não envocá-la, pois ela poderá atender seu chamado, e as consequências poderão ser trágicas.