The New York Times publicou um perfil sobre assassino em massa mais novo da América o jovem de 20 anos que matou sua mãe, a si mesmo e 20 crianças - entre outras vítimas adultas - Aqui estão 13 fatos sobre Adam Lanza.
1. Ele carregava uma pasta preta de seu 10 º grau de honras aula de Inglês.
2. Ele caminhou até o ensino médio em Newtown, em Connecticut, "com as mãos coladas ao seu lado" e "canetas no bolso da de manga curta, de abotoar camisas."
3. Ele não tem um perfil no Facebook.
4. Ele não apareceu em seu alto 2010 anuário da escola. Seu lugar na referida página, "Tem vergonha da camera."
5. Ele ficava "profundamente desconfortável" em situações sociais, de acordo com colegas de classe.
6. Ele acreditava ter "síndrome de Asperger".
7. Ele foi descrito pelos colegas como tendo um "efeito muito plana." Ele "raramente" mostrou emoções.
8. Ele teria falado frequentemente sobre "aliens" e sobre a "explodir coisas."
9. Ele nunca foi visto com ninguém, ou socialização ou como amigos, etc
10. Ele normalmente obtinha boas notas.
11. Em 2006, seu irmão mais velho se formou no colegial e foi para a Universidade Quinnipiac, deixando-o sozinho com seus pais (cujo casamento foi, aparentemente, desmoronando).
12. Seu pai, Pedro Lanza, um executivo fiscal para a General Electric, mudou-se para Stamford, e em janeiro de 2011 se casou com uma mulher que é um bibliotecário da Universidade de Connecticut.
13. Sua mãe, Nancy Lanza, teria lhe ensinado como mirar seus tiros.
O dia 14 de dezembro de 2012 entrou para a história norte-americana como o dia em que Adam Lanza, 20 anos, cometeu um dos piores assassinatos em massa da história do país. Dos assassinatos em massa cometidos por atiradores nos Estados Unidos, o Massacre em Newton fica atrás apenas do massacre cometido por Cho Seung-Hui, que em 2007 assassinou 33 pessoas na Universidade da Virgina.
Nancy Lanza, 52 anos, era a típica mulher norte-americana. Muito popular e querida entre os seus vizinhos, gostava de organizar partidas de dama e encontros de amigos em sua casa. Totalmente diferente de Nancy, era o seu filho mais novo, Adam Lanza, 20 anos. Adam era um solitário que parecia viver em um mundo paralelo. Não conversava com ninguém, não tinha amigos e parecia um vegetal. Mas quantos jovens mundo afora não são assim ?
Diferentemente de outras mulheres, Nancy tinha um hobby peculiar: Ela adorava armas. Tinha uma coleção legalmente constituída sob as leis do estado de Connecticut. E uma das diversões preferidas de Nancy era sair para atirar junto com seus dois filhos: Adam e Ryan. Mas o que Nancy nunca poderia imaginar é que numa sexta-feira, 14 de dezembro de 2012, Adam, o seu caçula, pegaria uma de suas armas e apontaria para o seu próprio rosto. E o pior: Ele puxaria o gatilho.
Os planos de Adam para a manhã do dia 14 não envolvia apenas a sua mãe. Com uma máscara no rosto e vestindo um uniforme de combate preto e um colete militar. Ele pegou o carro de sua mãe e dirigiu até a Sandy Hook Elementary School. No banco de trás do carro, uma Glock e uma Sig Sauer, ambas pistolas, e uma rifle calibre .223.
O Homem Por Trás da Máscara
Dizer quem era Adam Lanza nessa altura do campeonato é chover no molhado, tudo são apenas suposições. Há quem diga que a separação dos seus pais teria seriamente afetado o seu já “estranho” comportamento. Sua relação com o irmão Ryan também não era das melhores. Tão ruim que eles não se falavam a 2 anos. Um vizinho de Adam, Ryan Kraft, 25 anos, que cresceu com os Lanza, disse que os irmãos tinham comportamentos extremos.
“Adam dava birras. Eles não eram garotos normais e pareceram mais deprimidos após a separação dos pais.”
O vizinho de Adam também lembra de algo bastante incomum. Algumas vezes ele olhou o pequeno Adam enquanto Nancy saía para algum compromisso. E foi da mãe de Adam que Ryan Kraft escutou estranhas ordens.
“Ela (Nancy) dizia para ficar de olho nele o tempo inteiro, nunca virar as costas para ele, ou mesmo ir até o banheiro.”
A estranha ordem tem um porque. Adam sofria da Síndrome de Riley-Day, ou seja, por uma desordem em seu sistema nervoso, ele não podia sentir dor. Pessoas que sofrem dessa síndrome, podem cair em cima de agulhas ou se queimarem com fogo que mesmo assim não sentem dor. Por isso a preocupação da mãe de Adam.
Os pais de Adam, Peter Lanza e Nancy Lanza, divorciaram em 2009, depois de 28 anos de casamento. Peter vive hoje na cidade de Stamford, também em Connecticut, com sua nova esposa. Ele é vice-presidente financeiro da General Electric, uma das maiores empresas de energia do mundo.
No colégio, Adam era calado, tímido e tinha um perfil gótico. Não gostava de contatos e quando alguém tentava conversar, ele respondia de forma grossa. Seu lugar preferido na sala de aula era a primeira cadeira ao lado da porta. Uma maneira rápida dele sair dali. Uma ex-colega, Olivia DeVivo, disse que:
“Lembro dele falando sobre alienígenas e explosões. Não ficamos surpresos, ele sempre pareceu alguém que fosse capaz de fazer isso. Ele simplesmente não se conectava no colégio. Ele era tão invisível que as pessoas nem sequer percebiam que ele poderia estar com algum problema, que ele precisasse de ajuda psicológica.”
Matt Baier, outro ex-colega de Adam, disse que em situações sociais, Adam ficava bastante desconfortável, mas que ninguém o incomodava.
“Ninguém o incomodava. Pelo que eu vi, as pessoas deixavam ele ser o que era.”
“Ele vestia roupa preta e seu rosto era branco. Ele e seu irmão andavam com pessoas estranhas.” Disse Kathryn Urso, mãe de um ex-colega de Adam.
Beth Israel, mãe de uma ex-colega de classe de Adam, diz que ele sempre foi um garoto problemático.
“Adam era estranho desde os 5 anos. Por mais horrível que seja, não posso dizer que estou surpreso … Queime no inferno Adam!” Escreveu Tim Dalton, um ex-colega de classe, em seu perfil no twitter. Tim posteriormente apagou o tweet.
Uma imagem tirada no colégio mostra Adam ao lado de colegas de classe. |
Apesar do lado obscuro de Adam, ele era reconhecido por seus colegas e familiares como bastante inteligente. Ele chegou a fazer alguns cursos de curta duração na Universidade do Estado de Connecticut, onde recebeu nota máxima em Ciência da Computação.
“Gostaríamos de sair com ele, ele era um bom garoto. Ele era inteligente. Ele foi, provavelmente, uma das crianças mais inteligentes que eu conheci. Ele provavelmente era um gênio,” disse Joshua Milas, ex-colega de Adam.
Marsha Lanza, tia de Adam, disse que ele foi criado em uma casa onde os pais nunca teriam hesitado em pedir ajuda para sua saúde mental.
“Nancy não negava a realidade”, disse Marsha.
Nancy parecia saber do problema do filho. Ela chegou a abandonar seu emprego de professora para cuidar do garoto.
O jornalista Jacob Wycoff diz em seu twitter que Adam era autista e que sua mãe havia abandonado sua profissão para cuidar do filho.
Além de cuidar de Adam, ela passava os dias procurando por uma universidade que pudesse receber o filho. Ela planejava mudar com seu filho para um lugar onde ele pudesse continuar seus estudos. Os estados de Washington, Carolina do Sul e Carolina do Norte eram os preferidos.
“Eles recentemente foram a diferentes universidades procurando pelo melhor programa para Adam, e pela melhor moradia,” disse Russ Hanoman, um vizinho da família.
Entretanto, o desejo da mãe de ver o filho em uma universidade foi bruscamente interrompido por duas de suas paixões: O filho Adam e suas armas.
O Massacre
Nancy Lanza estava deitada em sua cama quando seu filho entrou no quarto. Ele deu 4 tiros a queima-roupa no seu rosto que ficou totalmente desfigurado. Após matar a mãe, Adam Lanza dirigiu até a escola onde estudou o Jardim de Infância, a Sandy Hook, onde chegou pouco antes das 09:30 da manhã (12:30 horário brasileiro).
As 09:30 da manhã começam as aulas na escola, que é rodeada por uma bucólica floresta. Adam entra na escola atirando contra a porta de entrada. Armado com um rifle Bushmaster com capacidade para mais de 30 tiros, e duas pistolas que juntas podem carregar 32 balas, ele abre fogo dentro da escola. Atacou inicialmente a primeira sala de aula que viu após entrar, e assim por diante.
Quando Adam Lanza abriu fogo dentro da escola, algumas professoras e professores esconderam-se debaixo de suas mesas com seus alunos. Outras não.
“Estávamos conversando quando ouvimos pop pop pop. Eu escondi debaixo da mesa, mas elas não. Elas não pensaram duas vezes em confrontar ou ver o que estava acontecendo,” disse Diane Day, uma terapeuta da Escola.
As mulheres as quais Diane se referem, que não se esconderam debaixo da mesa, são a diretora e a psicóloga da escola, Dawn Hochsprung, 47 anos, e Mary Sherlach, 56 anos. As duas foram mortas com vários tiros, assim como Lauren Rousseau, 30 anos, professora na escola.
As 09:35 da manha, o serviço de emergência norte americano, 911, recebe a primeira chamada de socorro. 5 minutos depois da chamada a polícia chega. Eles começam a evacuar estudantes e professores até uma estação do corpo de bombeiros que fica a 600 metros da escola.
Fotos mostram crianças chorando e saindo em fila indiana de dentro da escola.
As 09:45, 15 minutos depois de Adam dar o primeiro tiro, uma equipe da SWAT começa a varrer o local. Até esse momento ninguém sabia quem era o atirador ou se ele ainda estava dentro da escola.
Ao entrarem em uma das salas de aula, a equipe da Swat presencia uma cena chocante. Uma jovem mulher, uma professora, crivada de balas deitada no chão. Em baixo do seu corpo … crianças. Todas chorando. Ao abrirem o armário da sala. Os policiais encontram mais crianças.
A professora era Victoria Soto, 27 anos, muito popular entre os alunos. Victoria morreu protegendo seus estudantes. Ao escutar os tiros, ela escondeu seus alunos, todas crianças, dentro de um armário. Mas, aparentemente, ela não teve tempo de colocar todos. Adam Lanza entrou na sala. Ela entrou na frente das crianças, protegendo-as. Adam a crivou de balas.
“Ela pegou suas crianças e colocou-as no armário. Perdeu sua vida protegendo aqueles pequeninos. Ela foi encontrada debruçada sobre suas crianças, seus alunos. Ela fez o que ela achava que era a coisa certa. Estou orgulhoso que Vicki tenha protegido suas crianças do mal,” disse Jim Wiltsie, primo de Victoria, em entrevista para a rede ABC News.
A irmã de Victoria Soto chegou minutos depois ao atentado. Desesperada ela tentava obter notícias da irmã. Ela não sabia que Victoria havia dado sua vida pelos seus alunos. Sua imagem desesperada, com um telefone celular no ouvido, ecoou pelo mundo.
As 10 horas, o presidente Barack Obama é comunicado do atentado. Meia hora depois a polícia confirma: O atirador está morto. Um homem vestindo roupas pretas é encontrado morto com um tiro na cabeça em uma das salas de aula da escola. Ao lado dele duas pistolas. Revirando o corpo do atirador, a polícia encontra uma carteira de identidade, o nome: Ryan Lanza. Adam havia pego a carteira de identidade do seu irmão, o que posteriormente levou a polícia, erroneamente, a identificar o atirador como Ryan.
5 horas após o primeiro tiro na escola, o presidente americano Barack Obama, visivelmente abalado, fala a nação enquanto tenta conter suas lágrimas.
Uma classe inteira de alunos. Todos mortos. Créditos: MailOnline |
O saldo do massacre foram 20 crianças mortas, 6 adultos e o atirador. Diferentemente do que disse Barack Obama em seu discurso (com dados ainda não oficiais), as crianças tinham entre 6 e 7 anos. Segundo o médico legista H. Wayne Carver, a maioria das vítimas levou vários tiros.
“Haviam balas por todas as partes, cabeças, extremidades, troncos.” Disse o médico.
Os pais das crianças mortas identificaram seus filhos através de fotos, uma forma de minizar o choque, disse o médico.
Fonte: O Aprendiz Verde