quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Edmund Emil Kemper III - O Assassino de Colegiais!


Em seus depoimentos, Kemper admitiu guardar cabelo, dentes e pele de algumas vítimas como troféus. Também admitiu praticar canibalismo, dizendo preferir a carne das coxas de suas vítimas para fazer carne à caçarola com macarrão. Alegrava comê-las para que fizessem parte dele (o Dahmer usou a mesma desculpa). 


Enterrou várias cabeças no jardim, viradas de frente para o quarto de sua mãe, já que ela adorava "ser vista" por todos.


Quem hoje conhece Edmund Kemper jamais imagina os atos criminosos que ele foi capaz de cometer.

Após ser julgado por seus crimes, Kemper foi enviado para a prisãode segurança máxima de Folson pelo resto da vida. Ele ainda está atrás das grades. Deu extensas entrevistas a Robert Ressler, agente do FBI, ajudando na manufatura de perfis criminais de serial killers. Sua história foi uma ajuda inestimável para que pesquisadores como Ressler pudessem entender melhor esse tipo de assassino. 

Em 1998, participou juntamente com John Wayne Gacy de um programa via satélite, onde discutiam seus crimes. Como sempre foi loquas e explícito.

Na prisão é considerado um serial killer genial, pois se não tivesse se entregado jamais seria condenado

Hoje, aos 63 anos, é considerado um preso modelo com um coraçãode ouro! Utiliza seu tempo livre traduzindo livros para o Braile. Finalmente sua inteligência tem como objetivo construir.

Nem sempre foi assim. Vitíma de uma infância e adolescência turbulentas e traumáticas, Kemper transformou-se numa espécie de monstro, dificilmente despertando piedade naqueles que investigaram e estudaram seus crimes.

Após matar seus avós por motivos de paranóina e psicose, aos 15 anos, Ed chamou o xerife e foi levado para interrogatório. Mesmo explicando a ele que tinha matado o avô no intuíto de poupá-lo de ver sua mulher morta e ter um ataque cardiaco, foi levado preso. Ficou à disposição da justiça, que decidiu leva-lo ao Hospital Estadual Atascadero, em 6 de dezembro de 1964. O rapaz ainda não tinha completado 16 anos. Foi diagnosticado psicótico e paranóico.

Quanto mais tempo passava internado, mais suas fantasias sexuais se tornavam intricadas e intensas. Não via a hora de poder colocar em prática todos seus sonhos e perversões...

Sempre achou que os amigos estupradores haviam sido presos porque não tinham sido espertos o suficiente: deixavam atrás de si muitas testemunhas e evidências. Atacavam mulheres que os conheciam, e os faziam em locais públicos. Ed tinha guardado cuidadosamente todos os detalhes e informações de que pudesse precisar um dia. Jamais dividiu com os médicos suas violentas fantasias de assassinar incognitamente. Quando realizasse seus mais íntimos desejos, jamais descobririam sua identidade secreta. Nunca deixaria pistas.

Para todos, Ed Kemper era yn trabalhador esforçado e comportado, adolescente religioso que há muito tinha se arrependido de seus atos e se regenerado. Com boa aparência, extremamente inteligente e caseiro, não demorou para sua alta média ser encaminhada.

Bem dotado de inteligência não foi nada difícil ir bem na escola. Em três meses foi libertado considiconalmente por 18 meses. Apesar dos conselhos dos médicos de Atascadero de que ele não deveria voltar a morar com a mãe, as autoridades da Califórnia o mandaram direto para lá.

Para a mãe todos os problemas eram culpa dele, discutiam tão alto que todos os vizinhos tinham conhecimento das brigas deles. Seus momentos de lazer aconteciam quando ia ao bar "Jury Room", onde encontrava os únicos amigos... os policiais da cidade.

"Mesmo quando ela estava morta, continuava resmungando comigo, eu não
conseguia faze-la calar a boca!" (sobre sua mãe)

Comprou um carro muito parecido com o da polícia, equipou-o com um rádio transmissor, microfone e antena, elogocomeçou a dar caronas na estrada para lindas meninas.

Sua grande diversão era observar como essas mocinhas reagiam a ele. Sabia muito bem como fazer as pessoas confiarem nele, e as levava em segurança ao destino escolhido. Ao chegar em casa fantasiava como seria mantê-las cativas sem ser descoberto. Devagar, foi planejando como faria para realizar suas fantasias sexuais. Quando já tinha todos os detalhes em mente, passou à ação: tirou a antena do carro, ajeitou a porta do passageiro de modo que não abrisse por dentro, armazenou plásticos, facas, revólveres e cobertores no porta-malas e, finalmente, sentiu-se mais do que pronto.

Depois declararia que seu maior prazer estava em observar as feições das vítimas enquanto morriam. A violência de Ed continuava crescendo.Sempre levava suas vítimas para casa e seus atos com os corpos progrediam, como fazer sexo com eles. Em uma das ocasiões que matou, foi à consulta do psiquiátra levando cabeças de vítimas em seu carro. Testou assim a habilidade em fazê-lo acreditar que tudo estava bem e sob controle. A mãe também não desconfiava de nada.

Num certo dia, resolveu que era hora de cometer seus últimos crimes. Pegou um machado, subiu vagarosamente as escadas em direção ao quarto da mãe, abriu com cuidado a porta e admirou Clarnell, que dormia pacificamente. Aproximou-se e ajoelhou ao lado da cama. Observou-a por um tempo, lembrando mais um pouco o quanto a tinha amado e o quanto fora rejeitado por ela. Ed ficou de pé. Pegou o machado com as duas mãos e decapitou sua mãe com um só golpe. Ela jamais soube o que a atacou. 

Então, num ritual enlouquecido, deu vazão aos seus desejos. Estuprou o corpo sem cabeça até saciar-se por completo. Mas, como sempre, os gritos dentro de sua cabeça voltaram. Ed ainda ouvia os gritos dela por todo lado. Desceu até a cozinha e pegou uma faca afiada. Subiu as escadas de dois em dois degraus, rápido, com pressa, antes que os gritos o enlouquecessem. Pegou desajeitadamente a cabeça da mãe no colo, e arrancou rapidamente todas as cordas vocais. Finalmente os gritos pararam de atormenta-lo. Levantou-se e ajeitou o que sobrou da cabeça dela em cima da prateleira. Foi até o quarto, pegou seus dardos, e ficou por muito tempo acertando aquela alvo perfeito. Essa prática começou a fazer com que raciocinasse com clareza.

Algum tempo depois, após matar a melhor amiga de sua mãe e fugir de carro dirigindo sem rumo certo pelo país, buscando por algum tipo de reconhecimento pelos seus crimes sem perder mais tempo, alugou um quarto num motel e ligou para a polícia de Santa Cruz, dizendo-se responsável por oito crimes. Ninguém na polícia acreditou: "Pare de brincar, Big Ed, esta não é hora de passar trotes! Você não assiste à televisão? Não sabe que estamos ocupados tentando pegar o assassino da sua mãe? Onde você se meteu, afinal?".

Para a policia Ed era só um moço que queria ser "tira", e vivia na delegacia perguntando detalhes sobre crimes. Ed foi obrigado a fazer diversas ligações para que finalmente acreditassem nele. Deu detalhes sobre os crimes que só o assassino conheceria, e informou sua localização. A policia atravessou três estados para prendê-lo. Ele os esperou sentado.

O Julgamento

Ed Kemper levou os policiais de Santa Cruz a todos os lugares que utilizava para se livrar dos corpos, James Jackson foi designado pela corte como seu advogado de defesa, e a ele só restou alegar que seu cliente não estava de posse das plenas faculdades mentais no momento dos crimes.

Várias testemunhas foram trazidas para depor e tentar estabelecer a insanidade de Kemper, mas o promotor destruíu o depoimento de cada uma. O Dr. Joel Fort, testemunha da acusação, foi quem fez o maior estrago na estratégia da defesa: afirmou que Ed Kemper não era paranóico esquizofrênico. Para tanto, utilizou-se de todos os registros referentes ao assassino desde o Hospital Psiquiátrico Atascadero, além de entrevistas com o réu. Afirmou que o réu era obcecado por sexo e violência, tão carente de atenção que tinha tentado o suícidio até durante o julgamento, mas de forma nenhuma insano. Fort também afirmou que, se fosse solto, mataria novamente o mesmo tipo de vítima.

Durante três semanas de julgamento, nenhuma testemunha, incluindo suas irmãs e médicos de Atascadero, conseguiu convencer o júri que Ed era insano. Quando perguntado a que pena deveria ser submetido para pagar seus crimes, respondeu:

 - "Pena de morte por tortura".

O júri deliberou por cinco horas. Consideraram Edmund Kemper culpado de assassinato em 1º grau nos oito crimes. Foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de considicional. Só escapou da pena de morte, na época, por ela ter sido abolida  do Estado da Califónia.

Durante uma entrevista respondendo a pergunta "O que você pensa quando vê uma menina bonita andando pela rua?" a resposta honesta: "Eu imagino como sua cabeça ficaria em um espeto". - Edmund Kemper  (Sim, eu tenho certeza absoluta que esta frase é dele, não do Ted Bundy e nem do Ed Gein, Bret Easton Ellis, autor de "O Psicopata Americano", enganou-se e hoje esta frase é atrubuída errôneamente a um destes dois serial killers)

Fonte;  CASOY, Ilana - Serial Killer - Louco ou Cruel? - *2002, WWC Editora, 2ª  Edição