quinta-feira, 14 de maio de 2015

Quando uma execução falha..

Depois de um tempo fora do Brasil, quem manda nesse blog, a pessoa que vos fala, voltou!!
Com isso, segue alguns posts do nosso colaborador Filipe deixou pronto pra postar. Boa semana!
 
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Exemplo de execução por fuzilamento..
A última execução aberta ao público nos EUA foi em 1936. Desde então, os condenados morrem apenas diante de membros da família ou outras testemunhas autorizadas pelo Estado. Em 1998, 22 fitas com o áudio de execuções realizadas na Georgia foram usadas por um advogado que lutava contra o uso da cadeira elétrica.

Duas dessas gravações chamaram atenção por que as execuções não mataram de primeira. Tiveram que ser reiniciadas após um período de "repouso" de 5 minutos, já que os primeiros choques (que duravam 2 minutos) não os mataram. Os felizardos foram Alpha Otis O'Daniel Stephens e Larry Grant Lonchar.

Alpha foi condenado em 1974 por homicídio, após ser surpreendido pelo dono de uma casa que estava roubando. Após uma briga, levou o senhor até uma área rural e disparou duas vezes em seu ouvido.

Lonchar foi condenado por matar três pessoas, um apostador e sua família, após acumular uma dívida de U$10 mil.
 
Execução por injeção letal
A gravação da morte de Alpha diz que, alguns segundos após colocarem uma máscara (na verdade um saco) em sua cabeça, deram o primeiro choque. Seu corpo se dobrou para frente e suas mãos se apertaram. Seu corpo amoleceu como um saco de batatas quando a corrente parou. Só que, logo em seguida, um dos guardas notou que ele fazia ainda força para respirar. A equipe médica teve de esperar ansiosa os 5 minutos necessários para esfriar o corpo. E quando a gente espera alguma coisa, parece que o tempo demora mais ainda a passar.


Alpha conseguiu respirar por 23 vezes. Após a pausa, dois médicos o examinaram e chegaram a uma conclusão chocante (desculpe): estava vivo. Deram então a segunda carga, nesse mesmo instante seu corpo deu um pulo na cadeira, tremeu um pouco e enfim morreu.

O áudio de Lonchar não é muito diferente, entretanto o que chamou a atenção foi que o policial responsável por sua prisão estava internado precisado de um rim, e sabia que o acusado tinha o mesmo tipo sanguíneo. Tentaram de todas as maneiras cancelar sua execução, já que um rim frito não ia servir pra nada, mas o juiz não quis saber e o julgou perigoso demais para sair da cadeia.

Essas fitas contribuíram muito para que o método oficial de execução na Georgia fosse alterado para injeção letal, vista por alguns como mais "limpinha" e menos agressiva. Após longos e maçantes processos, no ano 2000 foi feita a troca. Calma aí.. Claro que sempre tem uma ressalva. Só vale para os condenados por crimes cometidos DEPOIS de Maio do ano 2000. Toda a turma que já estava no corredor da morte tem que usar a cadeira mesmo...