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quarta-feira, 27 de março de 2013

O Maniaco do Parque parte I: Tendencias homicidas

Maníaco do parque: As centenas de
admiradoras que recebeu na prisão
inspiraram o roteirista Gilmar Rodrigues
a escrever o livro Loucas de amor:Mulheres que amam criminosos sexuais.
Quem tem medo do lobo mal? 

O maníaco do parque como foi apelidado pela mídia, aterrorizou a cidade de São Paulo no final dos anos 90, enquanto era procurado pela policia a cidade viveu em alerta, moças foram proibidas pelos pais de sair á noite na rua, crianças amedrontadas se recusavam a ir ao parque...Caos total.
Tudo isso causado por esse único homem extremamente doente, Francisco de Assis Pereira sentia uma compulsão, ele tinha sede de sangue tanto que chegou a tirar pedaços de algumas de suas vítimas como se elas não passassem de pedaços de carne, violava os corpos mortos demonstrando uma forte tendencia a necrofilia, ainda voltava para visitar alguns por diversas vezes depois de cometer o homicídio. O pior serial killer da história brasileira, é o responsável pela morte com requintes de crueldade de pelo menos 9 garotas, as quais ele torturava e humilhava antes de as assassinar, dizendo coisas do tipo: "Quem mandou vir para o meio do mato com um homem que você nem conhece? Sua v*****! Vou te dar o que merece!"


Louco ou cruel?

Deixando suas vítimas apavoradas, Francisco, se excitava com sua dor e o sofrimento, além de tendencias ao canibalismo chegando a arrancar pedaços de algumas das vítimas, além do  Parque do Estado, local do  qual ele alegava conhecer como a palma de sua mão, e era palco de seus assassinatos onde violava com requintes de crueldade, humilhava, torturava e matava suas vitimas. Francisco era também "figurinha repetida" no Parque do Ibirapuera, onde gostava de praticar suas habilidades no patins, entrar em competições e até "recrutar" vítimas.

Francisco lutava contra o seu instinto predador orando e
e rezando o terço pedinho para tentar conter seus
impulsos.
Quando criança, segundo depoimentos de Francisco, teria sido abusado sexualmente pela tia. Criando nele um tipo de ninfomania, só conseguia pensar em sexo, principalmente em seios, despia quase todas as mulheres que via pela rua com o olhar de predador sexual que já se formava cada vez mais intensamente dentro de sua psique.  

Já como um jovem adulto e motoboy, alegou ter sofrido de assédio sexual por um patrão que o teria seduzido, o que o levou ao interesse por relações homossexuais, e uma "gótica" como ele descreveu, teria quase arrancado seu pênis com uma mordida, fazendo com ele tivesse medo da perda do membro sexual. Além de ter sofrido muito por uma desilusão amorosa, uma garotada de apenas 13 anos, que diz Francisco  marcou sua vida.

Antes de ser um conhecido assassino em série, ele alegou que matava por conta de decepções amorosas, costumava dizer que não existiam mais mulheres "obedientes", ou seja, totalmente submissas a toda e qualquer vontade que ele viesse a ter. Thayná, um travesti com quem alegou viver por mais de um ano, era espancada constantemente por Francisco, recebendo socos no estômago e tapas no rosto, exatamente como algumas das mulheres que sobreviveram relataram. Por conta da “gótica”, citada anteriormente, ele sentia dor durante o ato sexual, segundo fontes e teses a impossibilidade do prazer é que fez de Francisco o famoso “Maníaco do Parque”.

O Sonho vira um pesadelo

Vítima Elisângela Francisco da Silva tinha 21 anos


Seu modus operandi era exatamente igual em todos os casos. Ele abordava suas vítimas em supermercados ou pontos de ônibus e se apresentava como “olheiro” de agências de modelos. Com o pretexto de tirar fotos, levava as vítimas para o Parque do Estado, na Grande São Paulo, onde as violentava e estrangulava. Os corpos de oito mulheres foram encontrados em um raio de 200 metros.








Em 5 de julho de 1998, a polícia de São Paulo encontrava os primeiros corpos que a levariam a suspeitar de que um serial killer estava à solta. Eram quatro cadáveres de mulheres estranguladas, todos despidos - na verdade, um só de calcinha - de bruços e com as pernas afastadas, posição típica de vítimas de estupro. Todos encontrados, de uma só vez, no Parque do Estado, uma reserva florestal de 550 hectares na Zona Sul de São Paulo, na divisa com o município de Diadema. Como peças de um quebra-cabeça, esses corpos se somariam a outros dois achados, isoladamente, em janeiro e maio daquele ano, quando ainda não se suspeitava de que um maníaco estivesse em ação. Mais dois corpos foram localizados no dia 28 de julho de 1998.

Vasculhando os arquivos da delegacia da região, a 97º DP, investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) descobriram três casos de tentativas de estupro entre maio de 1996 e dezembro de 1997 no parque. As três mulheres que conseguiram escapar do ataque ajudaram a polícia a fazer um retrato falado daquele que se tornaria o principal e único suspeito dos crimes. O maníaco convencia suas vítimas a ir espontaneamente com ele até o parque.

Uma denúncia anônima levou ao nome do suspeito. Francisco de Assis Pereira, de 31 anos, morava em Santo André, no ABC Paulista, e, até fugir, trabalhava como entregador (motoboy). No início de 1998, ele tinha sido investigado pelo desaparecimento de uma namorada. O sumiço até hoje não foi esclarecido.

Em 1995 o motoboy chegara a ser preso por tentativa de estupro em São José do Rio Preto, mas pagou fiança e foi libertado. A primeira prova material contra Francisco foi obtida no dia 24 de julho de 1998: a identidade de uma das vítimas do parque foi achada num vaso sanitário entupido da empresa em que o entregador trabalhava. Várias mulheres reconheceram no retrato falado o rosto do homem que as atacou.

Durante a sua fuga, Francisco foi visto em Ponta Porã (MS) e suspeitou-se de que ele tivesse passado pelo Rio. Fotos suas chegaram a ser espalhadas nos principais parques da cidade. 
O caso de Francisco de Assis figura na crônica policial brasileira como um dos piores psicopatas da história do país. Uma das principais pistas obtidas pelos peritos foi a marca de uma mordida no braço de uma vítima. A partir dela, os peritos odontológicos puderam reproduzir a mandíbula e também a estrutura óssea do rosto do assassino.

O depoimento de uma vítima que não chegou a acompanhá-lo levou à pista principal: ele trabalhava como motoboy em uma empresa. Os depoimentos de outras vítimas que se salvaram possibilitaram a confecção de um retrato falado de Francisco de Assis Pereira, divulgada em todos os meios de comunicação. 

Depois de uma busca de 23 dias, ele foi em Itaqui, na fronteira entre Brasil e Argentina, a 730 quilômetros de Porto Alegre. Depois de cruzar o rio Uruguai, que divide a fronteira entre os dois países, o jovem pediu para tomar banho na casa de um pescador da região, João Carlos Dorneles Vilaverde. O pescador, que acompanhava o caso pela televisão, chamou a polícia e Francisco foi detido.     

Durante o julgamento, os advogados de Francisco de Assis Pereira insistiam que ele era um psicopata e não tinha noção dos crimes que cometera. A promotoria valeu-se de exames periciais feitos por equipes nacionais e estrangeiras para provar que o “Maníaco do Parque” era plenamente consciente de seus atos e devia receber a pena máxima. Depois de várias audiências, foi comprovado que o assassino em série tinha consciência de seus atos. 

Ele foi condenado a 143 anos de prisão pelo homicídio qualificado de 11 mulheres, embora apenas 9 corpos tenham sido encontrados. 

Franscisco de Assis Pereira foi detido em 4 de agosto de 1998. Sua primeira vítima foi atacada no primeiro semestre de 1997 e a última em fevereiro de 1998. 

Segunda parte com as vítimas e trechos de cartas amorosas que Francisco recebeu dentro da prisão sexta feira...

fontes; Mini LuaGloboVeja