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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Mary Bell, Parte I: A mais jovem homicida da história

Mary Flora Bell, foi a mais jovem homicida da história,
assassinou sua primeira vitima aos 9 anos em 1968
Mary Flora Bell, ou May como era chamada, foi a mais jovem homicida da história, tendo cometido seu primeiro assassinato aos 9 anos de idade. Existe um livro que acompanha a vida de Mary desde o momento de seu julgamento até seus 45 anos de idade, o livro faz uma critica ao sistema penal britânico dos anos 60 que não tinha nenhum modelo de pena para um crime como esse, desse modo Mary sofreu incontáveis abusos e mudou totalmente de personalidade conforme a instituição na qual estava encarcerada no momento, chegou a ser "butch" para ter um certo poder já adolescente na prisão juvenil, ficou presa até completar 23 anos, sem nenhuma ajuda psicológica em qualquer  momento após o julgamento.

Mary Bell, menina inglesa de 2 anos (1968). Já nesta idade era muito diferente de qualquer outra criança. Nunca chorava quando se machucava e destruía todos os seus brinquedos. Aos 4 anos precisou ser contida ao tentar enforcar um amiguinho na escola. Aos 5 anos, viu um colega sendo atropelado e não demonstrou nenhuma reação emocional. Depois da alfabetização, ficou incontrolável: pichava paredes na escola, incendiou a sua casa e maltratava animais. Aos 11 anos, Mary matou por estrangulamento Martin Brown de três anos de idade em 25 de maio de 1968 e o jogou do segundo andar de uma casa abandonada. Dois meses depois matou Brian Howe de quatro anos de idade em um local perto de uma linha de trem onde outras crianças costumavam brincar em meio a carros abandonados. A menina, após estrangular e perfurar as coxas e genitais do menino,, perfurou a letra "M" em sua barriga. Antes de ser julgada, Mary foi avaliada por psiquiatras e psicólogos e teve como diagnóstico um gravíssimo transtorno de conduta. Foi condenada, mas foi liberada em custódia em 1980, aos 23 anos. Mary Bell foi condenada por asfixiar Martin Brown em 25 de maio de 1968, um dia antes de seu 11º aniversário. Matou ajudada pela amiga Norma Bell. Suas duas vítimas tinham 3 e 4 anos, também foi acusada de tentar estrangular quatro outras meninas.

Mary e Norma Bell

Norma Bell, era melhor amiga e cúmplice de Mary Bell.
Não eram parentes. 
Mary e Norma aterrorizavam as crianças do bairro, sempre batendo e as humilhando, Norma tinha 13 anos e mesmo por ser mais velha era cruel com as crianças menores, mas Mary queria mata-las. Em 11 de maio as duas brincavam em uma velha casa aos pedaços quando o primo de Norma, com apenas 3 anos, sofre um grave ferimento na cabeça as garotas afirmaram que ele havia caído pelas escadas da casa. Na verdade as garotas o jogaram de um barranco esperando que ele morresse o que ameaçaram fazer se ele contasse a alguém o que realmente havia acontecido naquela tarde.
No dia seguinte Mary e Norma "atacaram" 3 meninas de 6 anos, Mary se aproximou de uma delas enquanto brincavam e apertou seu pescoço com força, Norma fugiu. A policia foi chamada e conversaram com as garotas sobre sua violência brutal com os mais novos.

Martin Brown, a primeira vitima fatal
Martin era loiro, filho único e tinha
apenas 4 anos.

Dois meninos que brincavam em uma casa em ruínas se deparam com o corpo sem vida de um garotinho loiro. O menino era Martin George Brown, ele foi achado próximo a uma janela, com sangue e saliva escorrendo pelo seu rosto. Eles alertaram operários que trabalhavam ali por perto, um deles tentou reanimar o garoto sem sucesso, já estava morto.

Um dos rapazes percebeu quando Mary e Norma se dirigiam para o interior da casa. Mary tinha a intenção de mostrar a amiga seu "trabalho" bem sucedido, mas não conseguiram entrar na casa naquele dia.
As meninas então decidiram avisar a tia de Martin, dizendo que uma criança havia sido encontrada morta e parecia ser o garoto.

No dia 30 de maio Mary visitou a mãe de Martin e perguntou se podia ve-lo, a mãe do garoto disse que era impossível pois Martin estava morto, Mary então respondeu:"Eu sei que ele está morto, queria ve-lo no caixão."


"Foda-se, nós matamos"
Um dos papéis achados no
chão do colégio
Dias depois, professores da escola em que Mary e Norma estudavam encontram bilhetes em papeis espalhados pelo chão vandalizado, nestes haviam mensagens grosseiras e confissões de assassinato.


"I murder so THAT I may come back"
"Fuck of we watch out Fanny and Faggot"
"we did murder Martain Brown Fuck of you bastard"
"you are micey becurse we murdered Martain Go Brown you Bete look out there are murders about by fannyand and faggot you screws"


"Eu mato para que possa voltar"
"Foda-se, nós matamos, cuidado, Fanny e Faggot"
"Nós matamos Martain Brown, foda-se seu bastardo"
"Vocês estão ferrados, nós matamos Martains Brown, você, Bete, procure por aí, HÁ Assassinos por Fanny e Faggot, seus idiotas"

A Policia coletou as notas ameaçadoras. Mais tarde May e Norma assumiram que elas vandalizaram a escola, logo após a escola instalou um sistema de alarme.

Segunda Vitima e Investigação 
Brian Howe, tinha apenas 3 anos
Pat Howe procurava seu irmão, Brian de 3 anos quando Mary perguntou “Você está procurando o Brian?” e ofereceu-se para ajudar nas buscas. Mary, Pat e Norma seguiram para um terreno baldio cheio de blocos de concreto, pois Bell disse que o menino poderia estar brincando ali. O corpo de Brian foi encontrado às 23:10, Mary Bell conduziu Pat até ali para ver qual seria a sua reação.

Mary Bell estrangulou até a morte Brian Howe, de 3 anos. Além de estrangulá-lo, a pequena Mary Bell ainda fez cortes em suas pernas e furou seu abdômen marcando um M. O corpo do menino estava coberto de grama, e uma tesoura foi encontrada ao lado do corpo.

No verão de 1968 a polícia começou a interrogar os moradores de Scots Wood, principalmente as crianças. No total, mais de 1200 crianças foram ouvidas. O primeiro ponto da polícia foi o depoimento de Norma Bell, ela disse ter estado presente quando Brian foi morto, e disse que um menino matou o garoto. Mary também disse que no dia do crime viu um menino agredindo Brian aparentemente sem motivo, ela também alegou que viu o menino com uma tesoura quebrada. Estava claro que as duas meninas haviam visto Brian sendo assassinado. Antes do enterro de Brian, os policiais interrogaram Norma novamente; dessa vez ela entregou Mary, dizendo que ela havia matado Brian e que levou ela e Pat para o local do crime.

Mary e Norma foram presas no mesmo 7 de agosto, durante a noite. 
Jornal da época diz que Mary é uma psicopata perigosa

Mary era uma menina inteligente, divertia-se esquivando das perguntas dos policiais. Durante o seu julgamento Mary chegou a declarar: "Eu gosto de ferir os seres vivos, animais e pessoas que são mais fracos do que eu, que não podem se defender" -, influenciando para que a mesma fosse condenada a prisão por tempo indeterminado, mediante avaliações psiquiátricas.

“Ela não demonstrou remorso, ansiedade ou lágrimas. Ela não sentiu emoção nenhuma em saber que seria presa. Nem ao menos deu um motivo para ter matado. É um caso clássico de sociopatia,” disse o psiquiatra Robert Orton em seu laudo psiquiátrico. Sociopatia e psicopatia são termos equivalentes na psiquiatria. Alguns especialistas defendem que ambos são transtornos diferentes, já outros dizem tratar da mesma coisa.

Mary e Norma foram a julgamento pelas mortes de Brian Howe e Martin George Brown no dia 5 de agosto de 1968, o julgamento durou dias. O promotor de acusação Rudolf Lyons comentou sobre o comportamento mórbido de Bell de caçoar da dor dos familiares da vítima; citou também o conhecimento de Bell sobre o estrangulamento de Brian, pois não foi publicamente comentado a causa da morte do garoto.

Peritos encontraram fibras de lã cinza nos corpos de Brian e Martin que eram compatíveis com uma blusa de lã pertencente a Mary, e fibras marrons de uma saia de Norma foram encontradas em um dos sapatos de Brian. Peritos em caligrafia também analisaram os bilhetes deixados na creche vandalizada, e eles confirmaram que Norma e Bell escreveram os recados. A promotoria culpou Mary de influenciar norma nos atos ilícitos.

O veredicto saiu em 17 de Dezembro de 1968: Norma foi inocentada de todas as acusações; Mary Bell, culpada foi condenada por assassinato em função de redução de responsabilidade. Mary Flora Bell foi enviada para a Red Bank Special Unit, uma clínica altamente segura e de certa forma confortável. Ela ficou sob os cuidados de James Dixon, que de certa forma lhe serviu como um pai. Ela também recebeu visitas da mãe, Betty; que ao perceber a aparência masculinizada de Bell disse: “Jesus Cristo, o que ainda vai ser? Primeiro assassina, agora lésbica?”


Continua na sexta...