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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A Bizarra Medicina na Idade Média


Peste negra, guerras, flechadas e espadadas para tudo quanto era lado… Se por um lado guerras e doenças já arrebatavam milhares, a morte véia caveiruda lucrava o dobro quando os agonizantes “sobreviventes” iam parar na mão dos médicos da época. Prepare-se para conhecer (E dizer GRAÇAS ao seu Deus, seja ele qual for!) os motivos para estar feliz ao viver em uma época de medicina “mais avançada” como os dias de hoje.


CIRURGIA: CRUEL, SUJA E TERRIVELMENTE DOLOROSA


Os cirurgiões da época tinham pouquíssimo conhecimento sobre a anatomia humana, sobre antissépticos, que fizessem com que as feridas não infeccionassem, e sobre anestésicos. Não era agradável ser um paciente nessas horas, mas não havia muita escolha. Para se livrar da dor, você era submetido a mais dor. Na maioria dos casos, monges se tornavam cirurgiões, já que eles tinham acesso à literatura sobre medicina. No entanto, em 1215, o Papa pediu para que eles não fizessem mais o trabalho. A tarefa sobrou para fazendeiros que tinham experiência tratando animais. Se você contraia uma pedra no rim, te arrancavam um pedaço da tripa fora, achando que esta era a culpada (Isso quando não “acertavam” e você ficava “mono-rim”), e segundo crendices, até suco de alface era “anestesia”.


 “DWALE”: UM ANESTÉSICO CRUEL QUE PODIA SER FATAL

A cirurgia na idade média era usada somente em casos de vida ou morte. Uma razão é que não havia anestésico “confiável” que pudesse aliviar a dor enorme de um procedimento cirúrgico. Algumas poções usadas para amortecer o paciente ou induzir o sono podiam ser letais. Um dos exemplos é o Dwale, uma mistura de suco de alho, suco de cicuta, ópio, vinagre e vinho que era dado ao paciente antes de uma cirurgia. O suco de cicuta sozinho poderia ser fatal – ele é tão forte como anestésico que o paciente para de respirar, O que dependendo do caso, morrer logo de uma vez já era alívio.





FEITIÇOS: RITUAIS PAGÃOS OU PENITÊNCIA RELIGIOSA COMO FORMA DE CURA

Tratamentos medievais, normalmente, eram uma mistura de fatos “científicos”, crenças pagãs e imposições religiosas. Um exemplo é que, quando alguém contraía a peste bubônica, era determinado que ele passasse por um período de penitência, se confessando com um padre. Como a doença era vista como um “castigo de Deus”, se o paciente admitisse seus pecados, talvez sua vida fosse poupada. Desnecessário dizer que 100% dos enfermos iam comer capim pela raiz.





CIRURGIA DE CATARATA: DOLORIDO E RARAMENTE SALVAVA O OLHO DO PACIENTE

Uma operação de catarata incluía a inserção de uma faca ou de uma agulha pela córnea, forçando as lentes do olho até o fundo do órgão. Posteriormente, uma seringa era usada para extrair por sucção a catarata. Se a cirurgia não tinha êxito, é porque era a “vontade de Deus”. Conveniente…








BEXIGA BLOQUEADA: UM CATETER DE METAL INSERIDO DIRETAMENTE NA BEXIGA

O bloqueio da bexiga, devido à sífilis ou a outras doenças venéreas, era comum na época, já que não havia antibiótico. O cateter urinário (um tubo de metal inserido através da uretra até a bexiga) começou a ser usado em meados de 1300. Quando o tubo não conseguia passar pela uretra, outros aparelhos eram usados – provavelmente apresentando um risco tão grande quanto o da própria doença. “Penis Mutilation” hoje em dia não é nada comparado á antigamente.






CIRURGIÕES EM CAMPOS DE BATALHA: PUXAR FLECHAS NÃO É UM TRABALHO FÁCIL

Como remover flechas dos corpos de soldados? Normalmente a ponta da flecha ficava dentro do corpo do soldado, enquanto só era possível tirar o cabo. Esse problema foi “resolvido” com a colher de flecha, que era inserida na ferida causada pelo disparo e “pescava” a ponta da flecha. O problema é que a dita colher era maior que a ponta da flecha em sí. Muitos desmaiavam de dor, e recobravam os sentidos já enterrados e gritando por socorro. Quem estava acima da superfície do solo negava o socorro, por medo de estar praticando necromancia sem querer, ao desenterrar o “morto-vivo”




SANGRIA: A CURA PARA QUASE QUALQUER DOENÇA

Os médicos da idade média achavam que praticamente todas as doenças eram causadas por excesso de líquido no corpo. Então a solução era tirar o sangue dos pacientes. Havia dois métodos “principais”. O primeiro usava sanguessugas para tirar o sangue. O bicho era colocado sobre o local e sugava uma boa quantidade do líquido. O outro era um tradicional corte na veia, normalmente no braço. Na maioria das vezes, os “médicos” tiravam um pouco DEMAIS do sangue do “paciente”.






PARTO: MULHERES, QUANDO GRÁVIDAS, ERAM PREPARADAS PARA A PRÓPRIA MORTE

Dar a luz na idade média era tão mortal que a Igreja pedia que as grávidas se preparassem para morrer. E teve uma época em que parteiras mais experientes foram perseguidas como bruxas, já que usavam métodos para aliviar a dor de suas pacientes (Alguém devia dizer á esses cretinos que muito ajuda quem não atrapalha!). Quando um bebê estava morto no útero, uma faca era usada para que ele fosse desmembrado ainda na barriga da mãe, para facilitar a “retirada” do feto.






CLYSTERS: UM MÉTODO MEDIEVAL USADO PARA INJETAR REMÉDIOS… PELO ÂNUS

O “clyster” era uma versão medieval do supositório, um aparelho que injetava fluidos no corpo através do ânus. Era um cano ligado a um recipiente. O cano ia direto no cu do infeliz, enquanto, no recipiente, estava o “remédio”, uma misturança qualquer que provavelmente teria pimenta como ingrediente. Agora você já sabe de onde vem o dito popular para “refresco”.







HEMORRÓIDAS: A AGONIA ANAL TRATADA COM FERRO QUENTE

Você leu direito. O tratamento para hemorróidas era queima-las com ferro quente. Há até uma história sobre um monge que, sofrendo com sua inflamação na vêia bostérica,  enquanto trabalhava no jardim, sob o escaldante sol do meio dia, sentou se em uma pedra que, milagrosamente, o curou do problema. A pedra existe até hoje, com a marca das hemorróidas do monge, e é visitada por muitos que esperam curar seu “problema”. Muitos beijam e veneram a pedra. (Aghh… Shiiit!)