Ahamed Ibragimov visitou 34 pessoas num único dia. Todas foram baleadas na cabeça ao atender a porta.
Um motorista checheno foi algemado com os braços amarrados a um poste e agredido com barras de ferro até a morte. Seu corpo ficou apodrecendo na rua porque as lideranças da região não permitiram que ele fosse interrado.
Se Ahamed Ibravimov teve esse fim é porque matou 34 pessoas em apenas duas horas. Ex-carteiro, ele conhecia todos os moradores russos da vila chechena de Mikenskaya, vizinha à capital da república, Grozny. Andou pelas ruas da cidade, chamando cada um deles em casa. Quem atendia recebia um tiro na cabeça.
Ainda hoje a policia russa investiga as circunstancias que motivaram o massacre, ocorrido em 8 de outubro de 1999. Sabe-se que o assassino perdeu um irmão na guerra entre Chechênia e Russia e ficava irritada com o que considerava a falta de disposição dos chechenos de região para atacar os russos.
Quando cometeu as mortes, ele trabalhava como motorista. No dia do crime, bebeu muita vodka, abordou quatro pessoas sentadas em um banco na praça central da cidade e matou três delas. Puxou um papel do bolso, com a lista de vítimas previamente elaborada, roubou uma bicicleta e, com ela, visitou cada uma das casas. Quando terminou, fugiu correndo.
Ibragimov foi detido dias depois pela policia, que o entregou às autoridades religiosas de Mikenskaya. Foram elas que decidiram pelo tipo de condenação a que ele acabou submetido.
Fonte; Revista Mundo Estranho Edição Especial HardCore "Crimes que chocaram o mundo"