quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Quem foi Aleister Crowley?


Nascido na Inglaterra em 1875, Aleister Crowley foi nada mais nada menos que o maior “mago” de todos os tempos. Era chamado de o homem mais maligno do mundo, e se auto-intitulava “A Besta”, ou o número 666. Crowley influenciou muito a música – artistas como Black Sabbath, Beatles (na capa do disco Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, lá estava a foto de Crowley) e Raul Seixas (em músicas como Sociedade Alternativa e A Lei).

A principal obra de Aleister Crowley foi o Livro da Lei, no início do Novo Aeon*. Ele foi o principal desenvolvedor da Lei de Thelema, o qual seu principal lema é: “Faz o que tu queres e há de ser tudo da Lei”, “O amor é a Lei, mas amor sobre a vontade” e “Todo o homem e toda mulher é uma estrela”.

*Aeon é um período de cerca de 2000 anos que caracteriza a duração de um determinado ciclo regido por determinados conceitos mágicos na filosofia thelêmica. O Aeon atual é o de Hórus, iniciado em 1904, também nome de um deus gnóstico.

Crowley esteve presente nas principais ordem mágicas do século XX, como a O.T.O.  (Ordem dos Templários Orientais), e era um exímio ocultista, talvez o maior de todos os tempos, se dizendo o maior amigo da humanidade. Aleister Crowley se dedicou de corpo e alma em desvendar os seus mistérios e segredos, indo a fundo na sua busca, não se limitando por nada, derrubando todas as barreiras, experimentando todas as facetas da alma humana, de todas as formas.

Criou uma série de rituais para se autoconhecer e travar contato com inúmeras entidades, deuses, anjos e demônios, sem falar em uma gama de símbolos de poder e palavras de passe. Através destes rituais, segundo Crowley, as pessoas entram em um novo universo.


Crowley é muito respeitado e considerado um grande mago, não só pelos seus livros como também pelo seu tarô ( tarô de Thoth) em que reformulou os arcanjos, retomando certos aspectos de algumas cartas à antiga tradição egípcio.

De forma bem simples os conceitos filosóficos que Crowley defendia tinha como ponto fundamental a diferença entre os seres humanos. Para ele cada um de nós somos um universo diferentes uns dos outros, possuímos em nós mesmos as nossas próprias regras de julgamento, dai surge a impossibilidade de vivermos felizes, ou mesmo de nos realizarmos, seja espiritualmente como em todos os outros aspectos da vida, subordinados as leis de outrem. Então é dai que surge a máxima "faze o que tu queres pois é tudo da lei", pois somente pode-se formular leis para si próprio, portanto, não podemos aplica-las para os outros, seria uma violência. Ao passo que podemos fazer o que temos vontade porque só ao individuo compete o julgamento de seus atos.

O Apocalipse era ( e ainda é) entendido por muitos magos e ocultistas não como uma era de desastres ou mesmo de aflições humanas, mas sim de uma nova era: a era da felicidade, plena realização e liberdade da humanidade. Essa era (chamada por muitos como a Era de Aquário) estaria expressa no apocalipse, em que seria trazida pela "besta 666".

Aleister Crowley entendia que a sua obra traria para a humanidade essa nova era, e, com algumas visões que ele mesmo experimentou chegou a conclusão que ele era a besta.


Em 1903, Crowley se casou com Rose Kelly e então seguiu para o Egito para a lua-de-mel. Ao retornar ao Cairo, em meados de 1904, Rose (que até esse ponto não havia demonstrado nenhum interesse ou familiaridade com o oculto) passou a experienciar estados de transe e a dizer ao marido que o deus Horus estava tentando entrar em contato com ele. Finalmente Crowley levou Rose ao Museu Boulak e pediu a ela para mostrar a ele a imagem de Horus. Ela passou por inúmeras imagens conhecidas de do deus e levou Aleister diretamente a um tablete funerário de madeira da 26a dinastia, mostrando Horus recebendo o sacrifício dos mortos, de um sacerdote chamado Ankh-f-n-khonsu. Crowley ficou especialmente impressionado pelo fato dessa peça ter sido marcada pelo museu pelo número 666, um número com o qual ele se identificava desde a infância.

O resultado foi que ele começou a ouvir Rose, e, seguindo suas instruções, nos três dias consecutivos, a partir de 8 de Abril de 1904, ele entrou em seu estúdio e escreveu o que lhe foi ditado por uma presença envolta em sombras que permanecia atrás dele. O resultado foram os três capítulos conhecidos como Liber AL vel Legis, ou O Livro da Lei. Esse livro foi o mensageiro do despertar da nova era de Horus, que seria governada pela Lei de Thelema. "Thelema" é a palavra grega que significa "vontade", e a Lei de Thelema é comumente citada como: "Faça o que for da sua vontade". Como profeta desta nova era Crowley passou o resto de sua vida desenvolvendo e estabelecendo a filosofia Thelêmica.

Em 1906 Crowley reencontrou George Cecil Jones na Inglaterra, onde juntos iniciaram a tarefa de criar uma ordem mágica para continuar de onde a Golden Dawn havia parado. Eles chamaram essa ordem de A.'. A.'. (Astron Argon ou Astrum Argentium ou Estrela de Prata), e ela se tornou o principal veículo de transmissão do sistema de treinamento mágico baseado nos princípios do Thelema de Crowley.

Então em 1910 Crowley foi contatado por Theodore Reuss, o líder de uma organização de base na Alemanha chamada Ordo Templi Orientis (O.T.O.). Esse grupo, composto de maçons dos altos níveis, clamava ser o descobridor do segredo supremo da magia prática, que era ensinado em seu mais alto grau. Aparentemente Crowley concordou, se tornando membro da O.T.O. e eventualmente tomando o lugar como líder quando Reuss morreu em 1921. Crowley reformulou os rituais da O.T.O. para adaptá-los à Lei do Thelema, e investiu à organização o propósito maior de estabelecer o Thelema no mundo. A ordem se tornou independente da Maçonaria (apesar de terem sido mantidos os mesmos padrões) e permitiu a associação de mulheres e homens que não estivessem ligados à Maçonaria.

Aleister Crowley morreu em Hastings, Inglaterra, no dia 1 de Dezembro de 1947. Mas seu legado ainda vive na Lei do Thelema trazida por ele à humanidade (juntamente com dúzias de livros e escrituras em magia e outros assuntos místicos), e nas ordens A.'. A.'. e O.T.O. que continuam a seguir e desenvolver os princípios do Thelema até os dias de hoje.


Rumores indicam que Aleister Crowley teve um caso com Pauline Pierce em Paris, que voltou para América por volta de 1924. Oito meses depois em 8 de julho de 1924, ela deu a luz a uma menina chamada Bárbara. Bárbara Pierce casou-se com George H. W. Bush, que veio a ser o 41º presidente dos EUA, e ele teve um filho chamado George W. Bush, que veio a ser o 43º presidente dos EUA. Interessante, não?


De brinde a música (foda) do Ozzy Osbourne - Mr Crowley