sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Perfil do Criminoso - Jack, O Estripador



O perfil do criminoso, feito por um psicólogo, psiquiatra ou médico legista, pode ajudar bastante a polícia a encontrar e identificar o assassino. Aqui está um exemplo de caso em que a ajuda desses homens forneceu pistas importantes para a investigação.
Segundo Ronald M. Holmes, perfis psicológicos só são apropriados em casos nos quais o criminoso é desconhecido e demonstra sinais de psicopatologias, ou em crimes particularmente violentos e/ou rituais. Estupradores e incendiários são considerados dois bons tipos de candidatos para se fazer um perfil criminal.

Fazer o perfil de um criminoso pe naus fácil quando o ponto de partida é o motivo do crime. No caso dos serial killers, este trabalho é dificílimo, uma vez que o motivo é sempre psicopatológico e desconhecido. A dificuldade consiste no fato de o investigador ter dificuldades em entender a lógica totalmente particular daquele serial killer.
Dr. Reed traça perfis psicológicos para o FBI no seriado
Criminal Minds
Para fazer um perfil objetivo e competente, dois conceitos devem ser aceitos pelos investigadores e criminalistas antes de tentar entender a cabeça de um serial killer: geralmente ele já viveu seu crime em suas fantasias inúmeras vezes antes de realiza-lo com a vítima real, e a maioria de seus comportamentos satisfaz um desejo, uma necessidade. Aceitando essas duas premissas,o investigador pode deduzir os desejos ou necessidades de um serial killer a partir de seu comportamento na cena do crime.

Hoje em dia vários seriados de televisão e filmes tem como figura central o profiler, o criminalista que traça o perfil psicológico de um homicida. Na maioria dos casos acabam passando a impressão deque a experiência na profissão é que "vale", ou contam com ajuda "divina" para tirar suas conclusões. Esses personagens estão longe da verdade. Também é necessário um conhecimento profundo em psiquíatria, psicologia e ciência forense.


Jack, O Estripador

Jack, O Estripador, é o pai dos modernos serial killers. Ele aterrorizou as ruas de Londres do fim do sécuo XIX, mais precisamente em 1888, quando assassinou brutalmente pelo menos sete mulheres, todas prostitutas.

Até hoje, ninguém sabe a identidade de Jack. Como seus seguidores, tinha prazer em zombar da polícia e enviar cartas aos jornais gabando-se de seus feitos.

Era canibal e arrancou os orgãos internos de quatro de suas vítimas. Chegou a mandar numa carta um pedaço do rim de uma delas, quando as autoridades duvidaram da autenticidade de suas correspondências. 

Dr. Thomas Bond, médico legista que fez a autópsia em Mary Kelly (a última vítima de Jack, O Estripador), foi inicialmente chamado para avaliar o conhecimento cirúrgico do assassino. Observou que "...a ponta do lençol à direita da cabeça da vítima estava muito cortada e saturada de sangue,indicando que a face teria sido coberta com o lençol na hora do ataque". A observação feita por Bond levou ao estudo do comportamento do estripador na cena do crime, incluindo o padão de ferimentos impostos à vítima. Ele sugeriu aos investigadores para procurar um quieto e inofensivo homem, provavelmente na meia-idade e caprichosamente vestido. Bond constatou que as mutilações feitas nas mortas foram executadas pelas mesmas mãos e tinham o mesmo padrão.

Atualmente, o trabalho consiste em examinar uma série de casos para concluir se existe relação entre eles, baseados na cena do crime e nas vítimas. É o que hoje chamamos de "assinatura", ou seja, comportamentos ou ações que preenchem as necessidades psicológicas ou fisícas do suspeito.


Filminho, galera 

 
Fonte; CASOY, Ilana - Serial Killer - Louco ou cruel?, 2ª Edição 2002