sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Monstro do Morumbi


José Paz Bezerra
Na virada dos anos 60 para os 70, o mordomo paulistano estrangulou sete mulheres com as quais manteve um relacionamento. Cumpriu pena de 1971 a 2001.


A polícia não tinha pistas do criminoso. Suas vítimas foram encontradas do mesmo jeito: nuas ou seminuas, pés e mãos amarrados com uma corda improvisada com pedaços de suas roupas (meias de náilon, sutiãs, calcinhas, lenços, blusas, saias), boca, nariz e ouvidos tampados com pedaços de jornal e papel amassados, e uma tira de tecido que servia como mordaça e como enforcador ao mesmo tempo. De cada uma das vítimas, o assassino levava o dinheiro, as jóias e uma peça de roupa, que dava de presente à companheira. Foi ela que, cansada de pular de emprego em emprego por conta do marido, acabou denunciando-o à polícia. Ao saber-se descoberto, o assassino fugiu e foi para o Pará, onde matou outras três mulheres e foi, finalmente, capturado. Ao ser preso, José Paz Bezerra, o "Monstro do Morumbi", confessou os crimes.


O modo como escolhia a vítima era sempre o mesmo -  com as mesmas características físicas que, mas tarde, viria a se saber que eram as da sua mãe. Para ganhar a confiança das mulheres que matava, José criava um vínculo com elas, convidando-as para sair ou pedindo-as em namoro. Quando elas caíam em sua lábia, ele as levava para um matagal na região do Morumbi e as matava. Segundo especialistas, o motivo que o levou a cometer os crimes pode estar ligado à sua infância traumática. Com seis anos de idade, Leitão era responsável por limpar as feridas do pai hanseníaco, e sua mãe, prostituta, o levava para seus programas. Enquanto o pai definhava na cama, Leitão presenciava a vida sexual da mãe. Passou a nutrir ódio compulsivo pelas mulheres, o que o teria levado a praticar os crimes.

O “Monstro do Morumbi” 

seus atos criminoso diferentemente dos demais foram descoberto ao acaso, ele e sua esposa trabalhavam numa casa de família quando ele furta  jóias e foge. No momento do depoimento sua esposa afirma ter sido ele que subtraiu as jóias e também, de forma reveladora, diz ser ele o já procurado pela polícia “Monstro do Morumbi. A mulher diz que ele dava presentes a ela e a sua filha,  ela suspeita serem objetos das vítimas, esclarece também que o homem relatava seus crimes e nesse momento tinha vários reações tais como: chorar, gesticular, se desesperar e rir. Após investigação da polícia  descobriu-se que utilizava vários nomes, chegaram então ao nome João Guerra Leitão. Não foi fácil prendê-lo, mas com a ajuda da amiga de uma das vitima que o reconheceu e o seguiu, avisando de sua localização a polícia.

Ele era uma pessoa que se podia considerar um sujeito de boa aparência, bem-apessoado, e isso chamava a atenção das mulheres. Ele se trajava muito bem, tão bem que você não sabia se ele tinha uma cicatriz ou uma tatuagem, porque vivia inteiramente coberto.

O homicida confessou aos médicos que obtinha orgasmo completo copulando com o cadáver das vitimas, João adorava ver sangue e preferia manter relações sexuais com suas parceiras quedando elas estavam  menstruadas. Segundo os psiquiatras
citados por Casoy, que avaliaram a sanidade do “Monstro do Morumbi” ele é:

... um individuo frio,calculista e bárbaro. Liquidando suas presas à semelhança animalesca, transcendendo a dignidade da pessoas, aviltando a sua inteligência e contrariando a lei de Deus e dos homens, em um autentico festim singular de matança continuada. Seu diagnóstico foi de personalidade psicopática do tipo sexual(CASOY,2009, p.195)

José dizia com naturalidade ter matado mais de 24 mulheres, mas a polícia não conseguiu provas para acusá-lo de todos os crimes. Foi condenado pelo assassinato de quatro vítimas. Cumpriu a pena máxima de 30 anos e foi libertado em 2001. Sua localização é desconhecida.

Quando preso ele teria dito que só sentia prazer se fizesse relação com uma parceira que estivesse imóvel como morta, motivo que fez com que ele pegasse gosto por matar as vítimas antes de violentá-las. Cumpriu a pena máxima de 30 anos e foi libertado em 2001. Sua localização é desconhecida. Especula-se que ele adotou o nome de José Guerra Leitão, mas isso nunca foi comprovado. O delegado da prisão onde José cumpriu seus 30 anos afirmou que hoje seu paradeiro é ignorado e que provavelmente ele esteja produzindo outras vítimas.